Uma viagem de três anos e mais de 180 mil km. Já falamos da dificuldade de planejamento, de como ela surgiu, e dos primeiros perrengues. São muitas histórias possíveis de serem contadas. E hoje vamos a uma que definitivamente marcou essa aventura. A emoção do primeiro carimbo em nosso passaporte. Foi em Ciudad del Este, Paraguai, no tempo que ficamos em Foz do Iguaçu.

Mais do que emocionante, essa história foi engraçada. Ciudad del Este é uma bagunça só. Não em um sentido pejorativo, mas veja só o que aconteceu que ilustra bem o que queremos dizer. Passamos a barreira Brasil/Paraguai. Uma avenidona só, aberta. Nenhuma guarita, nenhum guarda nos chamando. Nada. Tinha meia dúzia de policial que nem notou nossa presença.

E assim seguimos no país. Até que mais para frente um conhecido nos recebeu e perguntou se a gente tinha feito a entrada no Paraguai. Explicamos da mesma forma que está escrito nesse texto. O cara ficou maluco. “Como assim? Tem que fazer. Imagina se a polícia pega vocês? Tem que ter o papel em mãos”.

E lá vamos nós - detalhe, a pé - de volta ao posto da fronteira fazer os tais procedimentos burocráticos. Mas só aconteceu por livre e espontânea vontade. Se dependesse da polícia, estaríamos lá até hoje, rodando o Paraguai livremente.  

Mas a experiência do Paraguai foi muito bacana. Os paraguaios são muito receptivos, não imaginávamos que seria assim. Um povo realmente acolhedor. Todo mundo que nos conheceu oferecia casa, comida. Quando contávamos o motivo da nossa viagem, ficavam interessados e querendo saber mais detalhes. E agradecidos por levar o teste da hepatite para o Paraguai.

O prazer é todo nosso, Paraguai.  

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