O segredo de viajar é simples: querer


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Às vezes eu me pergunto: “será que estou no caminho certo? Será que as minhas escolhas justificam os meus meios? Será que viajar realmente me trouxe tantas mudanças positivas na minha forma de ser eu mesmo e de ver o mundo da forma como ele talvez realmente seja?”.

Tenho muitos questionamentos e, para a maioria deles, não tenho respostas. Vou encontrando-as pouco a pouco, simplesmente vivendo e aprendendo que tudo o que o venho fazendo são reflexos do que eu sou e de quem eu busco ser. Minha única resposta é que viajar me transformou em uma pessoa muito melhor e me fez descobrir o cara que eu sou, aquele que não tem como objetivo atingir a perfeição, mas estar em sintonia com tudo o que acredita, tendo consciência que faz o correto para si (e não para os outros).

Viajar não é só conhecer lugares, culturas e ter contato com gente do mundo todo. É o que me faz descobrir quem realmente sou e do que sou capaz. Simples assim. A meu ver, quando decidimos partir pela primeira vez em busca do novo, criamos tantas expectativas que, ao retornar, não sabemos se as superamos ou se voltamos mais incrédulos com tudo mais que nos foi permitido ver e vivenciar. Nada nem ninguém tem o poder de alterar o nosso caminho e os nossos desejos. É uma questão de escolha.

Pensando assim, é engraçado escrever e perceber que talvez você, leitor, pense que a grande maioria dos viajantes se transforme em uma “espécie de pensador moderno” ou algo do gênero, considerando as conversas, conteúdos e filosofias de vida adquiridas durante essas jornadas pelo mundo afora. Mas o mais engraçado é que isso acontece sem que a gente perceba. Com tantas experiências vividas, das mais variadas formas, quando falamos ou escrevemos projetamos tudo isso para que todos que tenham a mínima vontade de desbravar esse mundão tenham coragem e sintam o incrível prazer e amor que uma viagem bem aproveitada é capaz de proporcionar.

Ser um turista ou um viajante (sim, há uma diferença considerável entre um e outro) já faz parte de uma decisão que somente cada um de nós pode tomar. E eu tenho certeza que  tomá-la e, principalmente, concretizá-la, é uma das melhores coisas do mundo. Mundo esse que tantas felicidades, curiosidades, surpresas, fascinação e muitos outros adjetivos nos são apresentados dia a dia. Basta se permitir.

Sim, permitir é uma palavra coerente para tudo isso. A partir do momento que nos deixamos sair do nosso canto para ser mais um no meio da multidão e aprender que não somos mais do que ninguém, muita coisa muda. Muda dentro da nossa casa, no nosso trabalho, nas nossas amizades, nos nossos relacionamentos, enfim, muda a nossa Vida.

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Há pouco tempo atrás eu me chateava bastante com comentários do tipo “viajando de novo?”, “viajar é coisa para gente rica”, “nossa, tu deves ganhar muito para poder viajar tanto”, entre outros. Foi então que eu comecei a observar e pensar de uma forma diferente. Deixei de explicar as minhas razões e as minhas emoções a quem pensa dessa forma. Preferi simplesmente viver as minhas escolhas sem a necessidade de dar satisfação a quem pensa que sou rico ou sustentado.

O que é fútil para algumas pessoas pode não ser para mim e vice-versa. Economizar grana para viajar e sentir a vida batendo no meu rosto, me proporcionando aquele frio na barriga e uma felicidade tamanha não tem preço. Talvez para algumas pessoas gastar dinheiro trocando de carro, roupas, objetos de decoração, etc, tragam as mesmas sensações. E eu não as julgo ou recrimino. Cada um sabe de suas condições e o que lhe faz bem. Só acho que seria muito melhor se cada um aceitasse as escolhas do outro.

Hoje em dia viajar é algo tão mágico e tão simples que gastar seu tempo sentado no sofá é o mesmo que ver a vida passar pela janela. E não estou me referindo a uma viagem internacional ou para qualquer lugar que apareça em capa de revista. Simples momentos, inclusive na cidade vizinha ou na esquina de casa podem trazer a sensação a qual me refiro. Manter contatos com estrangeiros que estão em sua cidade, fazer um curso de idioma (há tantos bons e gratuitos) ou até mesmo ser uma família hospedeira são alguns exemplos de que viajar não significa tão somente embarcar em um avião, ônibus ou em um navio e sair por aí.

Viajar é se permitir ao novo e aprender muito com ele. O segredo é simples: querer.

Autor: Tiago Imperatori, brasileiro, gaúcho, Advogado, viajante e amante do mundo. “Wanderlust” o define. Siga: @imperatoriwanderlust E-mail: [email protected]

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COMENTÁRIOS:

Jéssica Lourenzo

Jéssica Lourenzo comentou 8 anos atrás

Obrigada pelo texto. E show de foto, adorei! Compartilho do mesmo pensamento.

Tiago Imperatori

Tiago Imperatori comentou 8 anos atrás

Fico feliz em saber que gostou! Obrigado!

Mathiusca Feu

Mathiusca Feu comentou 8 anos atrás

muito bom!

Lana Gomes

Lana Gomes comentou 7 anos atrás

Bacana ver que há mais gente partilhando meu modo de pensar por ai... “Wanderlust” !!!

Tiago Imperatori

Tiago Imperatori comentou 7 anos atrás

Com certeza, Lana! heheh

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