California Academy of Science - programa imperdível em San Francisco
Olá viajantes Dubbi,
a partir de hoje me junto aos intrépidos blogueiros do Dubbi, trazendo histórias, dicas e fotos de viagens e de lugares. Afrouxem os cintos, reclinem os assentos e boa viagem!
Foto: Roberto Stelling
San Francisco, na Califórnia é aquele tipo de lugar que deixa sempre um gostinho de quero mais. Não importa quantas vezes você tenha ido lá, sempre tem coisas legais para conhecer. A cidade é acolhedora, ensolarada e friendly, very friendly. Além disso, ela está sempre em transformação, sempre se renovando.
Foi minha terceira vez, portanto já tinha os clássicos na bagagem: visita a Alcatraz, cruzar a Golden Gate de bike, subir e descer a Lombard Street – que agora estão fazendo de Segway, andar de bondinho, ir no Pier 39. Super-recomendo todos os programas citados. Eu fiz cada um deles - e mais uns tantos - e vale muito a pena.
Foto: Roberto Stelling
Desta vez já embarquei querendo conhecer a California Academy of Sciences, que quase ninguém indica. Talvez porque tenha ficado fechado entre 2000 e 2008, enquanto o projeto futurista do arquiteto Renzo Piano dava formas ao novo museu. As paredes de vidro do prédio - que é uma atração à parte - garantem a luz natural praticamente o tempo todo, deixando "entrar" o verde do lado externo. Um "telhado vivo" mantém a temperatura é sempre agradável. Por toda parte vemos gente encantada com uma infinidade de curiosidades científicas. Se você curte este tipo de programa, vai adorar: tudo é interativo e interessante; todos são simpáticos, relaxados e alegres.
O lugar é imperdível, especialmente se você estiver viajando com crianças. Não era o meu caso e ainda assim foi incrível! Custa caro, US$ 34,95 cada adulto, e vale cada cent. Chegue cedo para dar tempo de curtir com calma todas as muitas atrações. O museu, que em nada parece os museus que conhecemos, fica no Golden Gate Park, onde também tem os ótimos Young Museum e o Asian Museum, mas você vai ficar o dia todo lá dentro e nem vai perceber o tempo passar.
Há exposições permanentes e outras tantas temporárias. Vale visitar o site e se programar. Fomos em abril de 2016, vimos a exposição dedicada à origem do homem, com animais africanos empalhados, confesso que curti mais os pinguins (vivos) que ficam no fim da sala. Os pinguins são o símbolo do museu, uma das estrelas do lugar, e as crianças piram na hora de alimentá-los (todos os dias às 10h). Bem menos fofinho, e muito mais raro, é o crocodolo albino, outra estrela do lugar.
Minhas atrações prediletas foram o Steinhart Aquarium e o Morrison Planetarium, além da incrível floresta tropical.
Morrison Planetarium
O planetário tem uma programação que muda ao longo do ano. Participei de uma viagem espetacular pelos planetas do sistema Solar! A qualidade técnica do 3D, da sala e do equipamento realmente te faz voar sem sair da cadeira, dá até vertigem! Demais!!! Infelizmente (ou felizmente, porque assim você pode realmente mergulhar na viagem que eles te oferecem) é proibido fotografar ou filmar.
Steinhart Aquarium e rainforest
Mesmo não estando entre os maiores aquários americanos - o Monterey Bay Aquarium, também a Califórnia, é muuuiiito maior -, ele é extremamente bem motado e bem cuidado. Pra quem gosta de corais, é uma festa colorida de formas estranhas e belas. Arraias e tubarões excitam as crianças logo na entrada, nadando suavemente sob seus pés. Conforme a gente vai andando, os peixes vão mudando, ganhando variedade e beleza. Estrelas do mar, por exemplo, podem ser tocadas sob supervisão.
Em cada janelinha descobrimos uma criatura mais incrível do que o outra: cavalos-marinhos, dragões-marinhos, polvos, peixinhos coloridos, corais das cores mais espetaculares. Eu e meu marido nos desencontramos várias vezes, os dois fascinados por peixinhos, peixões, algas, corais etc. Num tanque bem maior do que os outros dois mergulhadores aparecem de surpresa para a alegria das selfies. Eu fiz a minha, claro :-)
São vários andares, com tanques de diversos tamanhos. Desde pequenos, lar de camarõezinhos minúsculos, até os grandes cheios de enormes peixes amazônicos, e que também abriga a base da Floresta Tropical. É isso mesmo! Eles reconstituiram uma floresta tropical, onde você pode entrar e sentir o calor, a umidade, ouvir os pássaros, os barulhos dos animais. A base está sob a água, como na Amazônia e a gente vê através dos vidros, no aquário. O guia, divertido e amigável, abre a porta para seu grupo e brinca: “não comam as borboletas”. Todos riem, sem entender ainda por que.
Um casal de araras azuis e alguns passarinhos te recebem logo na entrada. E logo vem o encantamento geral: centenas de borboletas brancas, azuis, amarelas, pintadas, voam soltas por entre os visitantes. Pessoas de todas as partes do mundo ficam boquiabertas com oportunidade de estar em contato direto com esses animais lindos e delicados. Muitas pousam nos visitantes, causando frisson.
A subida até a copa das árvores é feita por uma rampa suave, a luz natural continua a entrar pelas paredes translúcidas. As incríveis borboletas te acompanham pra onde quer que você vá.
Clique aqui e sinta o clima!
O prédio
Acima da copa das árvores da floresta está o telhado vivo deste prédio que é, em si, uma atração. Ele faz os outros telhados verdes que a gente conhece parecerem vasinhos de cactus. Algumas pessoas só se dão conta de como o prédio é incrível quando chegam ao telhado. Aproveite durante toda a visita. Estruturas em forma de bolhas abrem (ao fundo) e fecham regulando a temperatura e a umidade, de acordo com a demanda interna do prédio, cercados por um jardim de diversos tons de verde. A marquise é feita de placas solares, tudo é sustentável, acessível e lindo! Isso mesmo, dá pra chegar de cadeira de rodas tranquilamente para visitar o telhado.
Fizemos até amigos por lá! Duas moças que nos pediram para tirar fotos e de quem ganhamos um instantâneo polaroid.
Foi um dia todo aprendendo e me divertindo. Entrei no simulador de terremotos, conheci a mãe de todos nós, a Lucy, enfim, adorei. Espero que minha primeira dica seja útil na sua próxima viagem a San Francisco. Logo logo voltarei com o próximo post.
DICAS
Preços
Adultos: $34,95
Jovens de 12- 17 anos: $29.95
Crianças de 4 – 11 anos: $24,95
Mesmo sem pagar mais nada, para algumas atrações é preciso retirar tickets para entrar nos grupos. Tudo é muito organizado e eficiente, você não vai ficar mofando na fila como na Disney.
Acessibilidade
Total. Tudo foi pensado e executado de forma inclusiva para diversas deficiências.
Comida
Me surpreendi positivamente com o local para comer. Encontrei variedade, qualidade e preço justo (raro, pois San Francisco é uma cidade cara, em geral). Dá pra comer em mesinhas dentro, fora e até no gramado. So cool!
Noite no museu
Não fizemos o programa, mas dependendo da configuração da sua viagem, parece muito legal. É uma visita ao museu (quase tudo fica aberto, mas não tudo) em clima de night, bebendo seu drink predileto com os amigos. Se você quer se infiltrar e interagir com a galera local, é uma super dica (US$ 12 locais, US$ 15 turistas). Mas compre com antecedência, tem épocas que bomba! Consulte o site e veja os detalhes.
Como chegar
Embora haja um grande estacionamento subterrâneo no Golden Gate Park (mais barato do que a média de US$ 6,00 a hora, praticada no Centro de San Francisco), costuma ser cheio. Consulte o mapa para ver as alternativas de metrô e ônibus. Eu usei até o charmoso ferryboat. Vou fazer um post sobre transportes em breve.
Mais
Lojinha muito legal, mas meio cara.
Há pouquíssima restrição à fotografia. Respeite e divirta-se.
Se você fala inglês, não deixe de interagir com os senhores e senhoras uniformizados de laranja. São professores aposentados que trabalham compartilhando seu conhecimento e experiência com os visitantes. É muito legal mesmo!
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