A estrada Cunha-Paraty reabriu… e é sensacional
A notícia veio no início de julho deste ano: a pavimentação da estrada que liga Cunha (SP), a cidade das cerâmicas, a Paraty (RJ) havia sido concluída e reaberta ao tráfego. Aproveitei uma ocasião nobre (um ano de namoro) para ir testá-la. Tudo o que conto a seguir aconteceu no dia 27 de agosto de 2016, e espero profundamente que a administração pública cuide bem a ponto de não precisar fechá-la novamente. A seguir, tudo que você precisa saber para curtir a estrada Cunha-Paraty.
Para começar, a vista da estrada Cunha-Paraty. (essa vista é da Pedra da Macela, mas em pelo menos dois momentos da estrada a vista é bem parecida. Infelizmente, não consegui registrar em fotos).
A estrada Cunha-Paraty pode ser dividida em três trechos (lembrando que estamos falando para quem faz o sentido Cunha-Paraty). No trecho 1, no estado de São Paulo (SP-171), são cerca de 30 km e é totalmente pavimentado e sinalizado, com as melhores condições possíveis. Motoristas de carro tomem muito cuidado com ciclistas, que circulam por ali o tempo todo.
Nesse trecho, o Lavandário (fotos abaixo) e o Contemplário são dois lugares legais para parar. O nome é óbvio: ambos têm lavanda e vistas maravilhosas para contemplar. No Lavandário, em meio a serras que se perdem de vista, dá para ver uma pequena marca urbana, que é a cidade de Cunha.
Mas a grande atração mesmo é a pedra da Macela, pico de 1.800 metros com vista para o mar na região de Paraty. Mas programe-se bem, pois gasta-se cerca de uma hora de caminhada na subida. Importante ressaltar que as três paradas não têm placas avisando com antecedência (a não ser em Cunha). Portanto, ande esperto para não passar do ponto de entrada.
O trecho 2 da estrada Cunha-Paraty, na RJ-165, é o que causava os problemas. Ele corta o Parque Nacional da Serra da Bocaina e tem quase 10 km dentro do parque. Essa porção de estrada passou por um intenso tratamento, e um dos pontos altos é calçamento de paralelepípedos (a estrada ainda está cheirando nova, uma delícia).
Fique esperto com as restrições de horário: só é possível circular das 7h às 17h. Um dos motivos do limite é a circulação de animais, principalmente no crepúsculo (alguns trechos contam com telas do lado, para que os bichos não entrem na pista).
Por último, o trecho final da estrada Cunha-Paraty, até a cidade litorânea. É o mais roots de todos, logo após sair da área do parque. O tamanho da pista diminui, e a qualidade também. É possível ver vários buracos ao longo de mais 10 km, mas nada também que chegue a ser o fim do mundo. No entanto, que seria bom uma reestruturação, seria.
No total, são 50 km feitos em pouco mais de uma hora (sem paradas). Mas o bacana mesmo é não contar os minutos. Fiz em mais de duas horas, com várias paradas.
Ah, legal comentar que todos os comerciantes de Cunha e Paraty com quem conversei estão animadíssimos com a reabertura da estrada Cunha-Paraty, pois ela já está gerando um intenso fluxo de turistas.
- - - -
Se você curtiu esse texto, ficaria extremamente feliz se pudesse dar um nele aí embaixo ou compartilhar com seus amigos!
COMENTÁRIOS:
Fernando Ceron comentou 8 anos atrás
Boa dica Mateus. Fiz essa estrada na su fase ruim e cheia do abismo e pedregulhos. Era um pesadelo. Se está boa de circular, o inicio da Estrada Real, está completa. Me incentivou a refaze-la. Abçs.
Eliane Souza comentou 8 anos atrás
Mateus fiz esse percurso em 2013 e mesmo com a condição ruim desses trechos foi uma aventura e adorei, agora com a sua notícia fiquei com muita vontade de voltar.
Mateus Souza comentou 8 anos atrás
Caros Fernando e Eliane, podem voltar para a estrada, quando terminar 100% estará ainda melhor, mas acredito que já está bem melhor do que quando vocês foram! Abraços
Maria Alice Bettocchi comentou 7 anos atrás
Olá Mateus, adorei sua postagem. Conheço as 2 cidades mas nunc fiz a travessia. Tinha poucas recomendações. Agora estou montando uma agência de "passeios" assim gostaria de saber se uma van passa bem pelo trecho de Paraty.