Córsega, como chegar, as melhores opções.

Gostaria de saber, quem já visitou a Córsega, qual a melhor opção ? Quantos dias ficar ?
É melhor chegar de avião, de barco (quantas horas leva) com ou sem automóvel ??? De barco (navio,traghetti ) é melhor partir de onde, e qual seria o mais econômico, com ou sem carro.
Tem como alugar carro com bons preços na Córsega ??? Qual a melhor época do ano de baixa temporada ? Enfim ... todo informação será valiosa. Um TF Abraço.’. Roberto.

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2 Respostas

Elaine Moraes

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Elaine Moraes Campinas

respondeu 7 anos atrás

Oi Roberto!Quando fui a Córsega ,eu estava de carro,,peguei ferry(Corsica ferries) em Gênova e desci em Bastia ,mais ou menos 6 hs de viagem.

Lugares mencionados
Shirley Sheldon

Shirley Sheldon Piracicaba

respondeu 7 anos atrás

Olá Roberto, como vai?

Como chegar à Córsega:

Tratando-se de uma ilha no Mediterrâneo, há somente duas maneiras de se chegar do continente: por barco (o ferry desde Nice leva cinco horas e meia até Calvi, por exemplo, e o ferry entre a cidade sarda de Santa Teresa di Gallura e Bonifacio, no sul da Córsega, apenas 50 minutos), ou por avião. Voos a partir de várias cidades da França, incluindo Paris, Nice e Marselha, estão disponíveis  pela Air France  e Air Corsica; a Easyjet também atende à ilha. A Córsega possui quatro aeroportos: Ajaccio e Bastia (suas duas cidades principais), além de Calvi, no norte, e Figari (que serve a Bonifacio e Porto Vecchio), no sul. Estes dois últimos são aeroportos menores, praticamente só servidos por táxis.

        Como a Córsega pertence à França, valem as regras da União Europeia, com o euro como moeda.

Quando ir:

         Estive na Córsega na primeira semana de outubro, finalzinho da meia temporada. Poucos turistas e alguns cruzeiros ainda atracando - um paraíso de tranquilidade para conhecer os lugares de interesse. Alguns dias depois, muitos hotéis, restaurantes e lojas fechariam as portas para só reabrirem em meados de 2016.
         Sem dúvida a melhor época para ir à Córsega é o período de meia estação - maio/junho e setembro, quando as temperaturas estão agradáveis e não há multidões de turistas e de banhistas nas praias.
 
Transporte na ilha:
  • Os transportes públicos são limitados. Existem somente dois ramais ferroviários que ligam a região norte à capital Ajaccio. As demais áreas são atendidas por ônibus com horários esparsos, especialmente fora da alta temporada. Para quem for utilizar estes meios de transporte (foi o meu caso), o site www.corsicabus.com é  uma consulta indispensável, com todos os horários de transporte rodoviário e ferroviário atualizados.
  • Alugar carro é uma opção, especialmente para acessar lugares bucólicos e praias, mas leve em conta que as estradas secundárias são sinuosas e estreitas, requerendo alguma paciência. Por outro lado, com exceção do Trem da Balagne, os trens corsos são modernos e confortáveis, e os ônibus também não deixaram a desejar. Não existe reserva on-line para nenhum destes percursos. Além disso, o site da francesa  SNCF não vende passagens com destinos na Córsega. Para todos os trajetos de ônibus e trem que fiz, sempre cheguei na estação com alguns minutos de antecedência e comprei a passagem na hora - registre-se que visitei a Córsega fora da alta temporada. 
  • Táxis na Córsega são bem caros: pagar €59 por um trajeto de vinte e poucos minutos de Bonifacio até o aeroporto de Figari doeu no bolso! 
  • Passeios de barco são imprescindíveis para quem quer apreciar as belezas naturais da costa da Córsega sob um ângulo diferente, mas aqueles que costumam enjoar devem ter atenção redobrada, pois os passeios envolvem trajetos em mar aberto, normalmente agitado. Os mais concorridos saem de Calvi, Porto, Ajaccio e Bonifacio.
  • Um transporte alternativo bem legal para se conhecer as cidades é o petit train, o trenzinho turístico que passa pelas principais atrações do lugar, com explicações sobre cada uma. Das cinco cidades que visitei, quatro possuem o trenzinho - Ajaccio, Bonifacio, Corte e Île Rousse. Além de servirem como uma espécie de city tour, os trenzinhos também alcançam lugares normalmente acessados por escadarias cansativas, como as cidadelas de Corte e Bonifacio, ou mais afastados, como a Pointe de la Parate em Ajaccio e a Ilha Pietra em Île Rousse.

Hospedagem:

         As cidades turísticas possuem ampla oferta de hospedagem entre maio e meados de outubro. Depois tudo fecha, à exceção das cidades maiores onde os negócios se concentram, Ajaccio e Bastia.

         Fiquei em hotéis três estrelas sempre bem localizados, com diária para single entre 70 e 105 euros. O café da manhã normalmente não estava incluído na diária, sendo oferecido à parte com valores em torno de 13 euros, que eu achei caro para um café da manhã sem opções quentes. Como se tratava da França, era mais negócio saborear um croissant delicioso na boulangerie da esquina.
 
Idioma:

       O francês é a língua usual, como no resto do país. Não tive qualquer problema de comunicação quando iniciava uma conversação em inglês em hotéis, restaurantes e atrações turísticas, apesar de o sotaque local de vez em quando soar estranho. No entanto, geralmente as legendas nos museus e explicações em passeios só são apresentadas em francês; quando muito há um folheto de resumo em inglês. A exceção foi o petit train de Ajaccio (o único dos trenzinhos em que andei), cuja explicação pela motorista ao longo do trajeto foi dada nos dois idiomas - ela teve o cuidado de perguntar a cada turista que embarcou qual a língua que era entendida.
 
Refeições:

       Em todas as cidades que visitei a oferta de restaurantes era ampla, e as refeições com carne ou massa custaram entre 13 e 20 euros. A culinária corsa é bem saborosa. Sendo uma ilha, os peixes e frutos do mar são uma constante no cardápio das cidades litorâneas. Dentre as carnes, o destaque vai para a carne de porco e javali, abundantes na ilha. Devido à proximidade e aos laços com a Itália, massas também são encontradas com bastante facilidade, incluindo pratos feitos com o queijo local, o brocciu. E como já comentei em outro post, lojas de fast food são raridade nas ruas corsas.

         Além disso, assim como no restante da França, são comuns na Córsega os mercados instalados em praças ou nos cais, vendendo toda sorte de produtos, principalmente aquelas comidinhas que são a perdição para qualquer tentativa de se manter o peso.
 
Segurança:

       Achei a ilha bastante segura. A violência pela qual a Córsega era conhecida no passado ficou para trás.  Aliás, uma lembrança curiosa vendida em várias lojas são as facas conhecidas como vendetta knives, numa referência às rixas familiares sangrentas que dominavam o sul da Córsega até o século retrasado.  De vez em quando ainda se topa com um grafite numa parede alusivo à luta separatista corsa, meio apagado pelo tempo. Isto também parece fazer parte do passado.
 
O que conhecer:
      As atrações da Córsega são ecléticas, envolvendo tanto natureza - praias, mar e montanha - quanto cultura - cidadelas históricas e museus.    

        Meu roteiro planejado, discriminado abaixo, levou em conta a época em que viajaria - início de outubro, quando as temperaturas deveriam ficar abaixo dos 22 °C. Porém a partir do quinto  dia  a máxima chegou aos 27°C. 

        Dia 1 - Chegada em Corte à tarde em voo desde Nice e visita à cidade.
        Dia 2 - Bate-volta a Île Rousse.
        Dia 3 - Passeio de barco à Reserva Natural de Scandola (região da cidade de Porto).
        Dia 4 - Viagem ferroviária para Ajaccio.
        Dia 5 -  Atrações de Ajaccio.
        Dia 6 -  Bate-volta a Corte.
        Dia 7 -  Viagem rodoviária a Bonifacio.
        Dia 8 -   Atrações de Bonifacio, com passeio de barco pelo estreito.
        Dia 9  -  Voo para Marselha no início da tarde.

       A forte chuva comprometeu a programação do terceiro ao quinto dia. Como já contei em posts anteriores, o passeio à Reserva de Scandola foi cancelado devido ao mar revolto pela tempestade. Conversei com um casal que fez esse passeio a partir da vila de Porto, bem perto da reserva e das calanques de Piana. Eles viajaram de ônibus de Ajaccio a Porto, passearam de barco à tarde e rumaram no ônibus para Calvi no dia seguinte. Para quem não quer perder a vista das calanques, esta é uma opção bem interessante, que evita o trajeto de barco em mar aberto a partir de Calvi.

       Do que eu conheci, sem dúvida a grande atração é Bonifacio - essa cidade foi alçada à minha lista de cidades litorâneas favoritas na Europa e não pode ficar de fora de qualquer roteiro na Córsega (e também nos da Sardenha, já que Bonifacio fica em frente à ilha italiana). Calvi também me cativou.

      Devido ao tempo exíguo para conhecer a Córsega, tive que deixar de fora algumas atrações turísticas famosas na ilha. As duas mais conhecidas são Bastia, cidade histórica que é a segunda em população situada no nordeste da ilha, e Porto Vecchio, a 29 quilômetros de Bonifácio, com suas praias.
 
Esportes:

         A Córsega é um paraíso para desportistas. Calvi e as Ilhas Lavezzi em Bonifacio fazem a alegria de mergulhadores e apreciadores de esportes náuticos, enquanto a região das montanhas de Corte possui trilhas ideais para caminhadas. O circuito na ilha mais conhecido entre os caminhantes é  o GR-20 (GR = Grande Rota, designação para trilhas famosas na Europa Ocidental), que cruza a ilha de norte a sul atravessando as montanhas do Parque Natural da Córsega em 200 quilômetros de trilhas bem demarcadas, com refúgios localizados ao longo do caminho para o pernoite.

         Se você é fã dessas atividades, considere alongar sua permanência nas regiões de Calvi, Bonifacio e/ou Corte.
 
Espero poder ter ajudado!
 
Abraços!
 
Shirley

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