O que um viajante precisa saber sobre o zika vírus
O Brasil vive um surto do zika vírus, e novas notícias não param de chegar, como o possível contato sexual e por salivas. E o que muda na vida dos viajantes? Eles devem ter medo na hora de arrumar as malas? É isso que o “Fique Esperto" dessa semana traz aos colaboradores do Dubbi.
Grávidas viajantes
Os viajantes que devem tomar os maiores cuidados são gestantes ou mulheres que estão planejando engravidar. Mesmo que a intenção não seja ter filhos agora, ainda assim é preciso uma precaução a mais, pois não se sabe exatamente os efeitos e duração do zika vírus no organismo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselhou que grávidas evitem viajar para países onde circula o zika vírus (atualmente, 33 nações em três continentes), por causa da associação que existe entre a doença e os casos de microcefalia.
O Brasil é um país no qual o zika vírus circula - aliás, nós somos o grande centro das atenções, por causa dos Jogos Olímpicos que acontecem daqui seis meses, no Rio de Janeiro.
O epicentro do surto está no Nordeste, tanto que a maioria dos pacientes de outras regiões que estão com o zika vírus relataram uma viagem para lá pouco antes.
No Brasil, existem mais de quatro mil casos suspeitos de microcefalia - Pernambuco é o estado mais preocupante, com mais de mil. O Ministério da Saúde informa que há confirmação de microcefalia em 270 casos, dos quais seis têm relação com o zika vírus. É um número que à primeira vista pode parecer baixo, no entanto, como quase tudo ainda está no campo da especulação, merece todo cuidado necessário.
O viajante também tem que ficar de olho pois a síndrome Guillain-Barré também está associada ao zika vírus, essa sim em qualquer pessoa, e não só em mulheres grávidas. A OMS diz que há “evidências consistentes” do elo entre os dois - dentre os sintomas da síndrome estão fraqueza muscular e paralisia dos músculos. Pode apresentar diferentes graus de agressividade - desde fraqueza muscular moderada até a paralisia total dos membros.
Mais uma vez, no entanto, vale reforçar que são as grávidas quem devem tomar o maior cuidado e adiar uma viagem a uma região mais afetada. Caso seja absolutamente imprescindível a ida a um desses lugares, abuse de repelentes, aplicando-os a cada seis horas. Opte por um modelo com substância DEET, por ter maior eficácia. Use sempre roupas compridas.
E, viajando ou não, não deixe água parada em nenhum lugar, pois essa é a maneira mais fácil de reprodução do mosquito aedes aegypti, transmissor do zika vírus.
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