Nova trilha de Machu Picchu dispensa guia e camping
Machu Picchu, o principal destino turístico do Peru, anda lotado. Tanto que já ameaçou-se fechá-lo algumas vezes. Para evitar a superlotação e o acúmulo de visitantes, o governo peruano abriu, no início de janeiro, uma nova via de acesso ao sítio arqueológico, que recebe mais de um milhão de turistas por ano.
Conhecida como “Ruta Nº5”, o caminho sai de Chachabamba, às margens do rio Vilcanota, passa por Wiñaywayna e termina em Machu PIcchu.
Na nova rota, apenas 250 aventureiros poderão entrar por dia. O principal diferencial é que guias e equipamentos de campings não serão necessários, por ser uma trilha de acesso mais fácil comparada às outras. Postos de controle serão instalados ao longo do percurso, monitorando o acesso e servindo de apoio aos andarilhos em qualquer dificuldade.
Para chegar em Chachabamba, basta pegar o trem vindo de Cusco e descer no km 104. O local também é um sítio arqueológico e merece uma visita como prévia de Machu Picchu.
A cidade sagrada dos incas foi construída em adoração ao deus Sol, em uma montanha de mais de 2.400 metros de altura, por volta do século 15. De lá para cá, o crescimento foi vertiginoso. Em 2008, eram 500 mil visitas anualmente. Sete anos depois, esse número praticamente dobrou.
O alto interesse dos turistas fez com que a Unesco encontrasse problemas nos arredores do sítio arqueológico- de desenvolvimento urbano desordenado a riscos de deslizamentos de terra. O santuário, hoje, está ameaçado de ser incluído na lista dos patrimônios mundiais em perigo.
Para que isso não ocorra, algumas medidas estão sendo tomadas. Entre elas, a busca por novas trilhas --afinal, quanto mais distribuídos os viajantes, menor o congestionamento nas outras trilhas mais populares: Trilha Inca, Trilha Inca da Selva, Salkantay.
Nova saída
Também pensando na preservação do santuário inca, as autoridades peruanas estão preparando uma nova via para a saída dos visitantes.
Atualmente, há uma única rota, que costuma ficar congestionada. Segundo o Parque Arqueológico Nacional de Machu Picchu, o novo caminho terá 26 metros de extensão, seguindo o mesmo projeto arquitetônico do entorno.
Para entrar em funcionamento, a travessia ainda depende de aprovação de uma missão da Unesco.
Dicas práticas sobre Machu Picchu
Chuvas
Os meses de dezembro a março são os menos indicados para fazer as trilhas, pois é a temporada de chuvas, que podem deixar turistas ilhados. De junho a setembro, praticamente não chove.
Soroche
O famoso mal-estar de altitude não costuma ser forte nem duradouro. Ele acontece por causa do ar rarefeito do Peru --para se ter uma ideia, Cusco está a 3.500 metros de altitude. Os sintomas mais comuns são náuseas, dor de cabeça e vômito.
Uma dica é ficar dois dias em Cusco antes de começar a fazer trilhas pelo Peru, a fim de que o organismo se adapte. Evite carne ou alimentos pesados, pois são de difícil digestão.
Duas montanhas
São duas montanhas por lá: Machu Picchu e Wayna Picchu. Do topo delas, consegue-se uma vista espetacular de todo o complexo do sítio arqueológico. Wayna Picchu tem 350 metros de altura, já Machu Picchu tem 650 metros. As subidas exigem um pouco de fôlego.
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COMENTÁRIOS:
Fabio Tran comentou 8 anos atrás
Muito bom o texto! Fui para Machu Picchu em 2004 e já era lotado, agora imagino que seja muito mais. Obrigado pela dica.
Bebel Dauer comentou 8 anos atrás
Irei em breve e agradeço as dicas!
Luiza Diz comentou 8 anos atrás
Maravilha! Vou pra lá no fim do ano, então toda dica ou sugestão é bem vinda :D
Andressa Crossi comentou 8 anos atrás
Ótima dica, ainda vou para Machu Picchu <3
Porto Seguro comentou 8 anos atrás
Que bom que vocês gostaram! :)
Cristiano Bizzinotto comentou 7 anos atrás
Eita. Vou em janeiro e subirei o morro no dia posterior ao que eu chegar. Já vi que terei histórias para contar hahaha