Assim que desembarquei em Frankfurt, fui correndo para o estádio, sem nem saber direito como chegar. Só passei no hotel rapidamente para deixar minha mala e tomar um banho. O jogo seria entre Eintracht Frankfurt e Colônia, pelo Campeonato Alemão. Quando eu soube que ia viajar, a trabalho, já procurei qual jogo ia ter e garanti meu ingresso. Saí do Brasil com a entrada na mão.

Foi uma aventura chegar até o estádio. Na ida para o hotel, o taxista até passou comigo na frente do estádio, já estava aquela atmosfera de jogo. Depois peguei um trem e no vagão todo mundo bebendo cerveja, gritando, batendo. Se é no Brasil é considerado vandalismo. Que emoção ver o estádio lotado, pulsante.



Duas coisas me marcaram no jogo. Indo para o estádio tinha torcedores rivais do Colonia, e eles começaram a falar para mim que o Ronaldinho Gaúcho é um cheirador, que foi para o México cheirar cocaína. Tudo isso num clima muito descontraído. E também vi bastante criança no estádio, principalmente meninas, o que achei bem legal.

Eu sou assim, toda vez que vou viajar já penso no jogo que vou ver, não perco tempo. Até faço um pouco de turismo convencional, como andar a pé no centro da cidade, ver o pessoal fazendo música na praça para ganhar dinheiro, essas coisas. Mas o que me atrai mesmo são os jogos.



Na Argentina, por exemplo, fui a passeio. Fiz passeios normais como Obelisco e Casa Rosada. Mas tinha o jogo. Era o primeiro jogo da primeira divisão de 2015 do Racing, um dos times mais tradicionais do país.

Eu estava com minha ex-namorada. Quando começou o jogo, eles soltaram um bandeirão e começaram a pular tanto, tanto, que ela até levantou na arquibancada de tanto que tremia. As torcidas argentinas têm essa tradição de ser pulsante, de cantar mais alto. Tinha até uma mãe com um filho pequeno atrás de mim, e os dois cantavam e pulavam o jogo inteiro.



Eu tenho vontade de ir para vários lugares fazer esse turismo de torcida, mas dois em específico. O primeiro é o Marrocos, para ver jogo do Raja Casablanca. O povo marroquino se comporta de uma maneira muito louca no estádio. E quero ir para Grécia, mas não exatamente pelo futebol. As torcidas de basquete deles são muito fanáticas, a ponto de interromperem o jogo tamanha loucura.

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