Há anos que eu me dou um presente de aniversário: uma viagem para algum lugar tranquilo do Brasil. Em 2014 fui conhecer Maceió com minha sobrinha; foi uma viagem tão gostosa que seria injustiça não relatá-la.

Depois de comprar as passagens e reservar o hotel, mergulhei no tio Goo para ver as dicas sobre praias e restaurantes, e descobri tantos lugares lindos que achei pouco os sete dias que teria para conhece-los. As praias mais lindas ficam a 20 ou 30 km da capital, e para facilitar o passeio aluguei um carro na locadora Movida que, embora eu não conhecesse, tinha boas referências na internet.

Foi fácil ir de carro do aeroporto ao Hotel Meridiano, na praia de Pajuçara, e assim que chegamos reservamos o passeio de jangada às piscinas naturais para o dia seguinte numa agência quase em frente, no calçadão. É muito importante conferir a tábua de marés pela internet ou com o próprio jangadeiro, pois é na maré baixa que se vê os peixinhos; o horário é bem específico para cada dia e é bom chegar uma hora e meia antes.

Nesse dia só deu pra andar pela orla até o Lopana, um quiosque badalado e com ótima comida à beira mar.

Na manhã seguinte fomos cedo à praia, e no horário combinado um catamarã nos levou até o local dos peixinhos; com o snorkel oferecido no barco saímos mergulhando e apreciando a beleza aquática local. Infelizmente, eu não tinha uma câmera subaquática para fotografar os peixinhos. Não eram muitos (tinha mais pernas, rss), mas foi bem interessante.

À noite jantamos no Divina Gula, um restaurante mineiro muito bom em Jatiúca, e aproveitei pra comprar duas garrafas da cachaça paraibana Volúpia.

No terceiro dia, assim que acordamos (pouco antes do almoço) pegamos a estrada para a praia do Francês. O pequeno município de Mal. Deodoro é pertinho, a uns 30 Km de Maceió, e foi tranquilo chegar até lá. Há um longo arrecife paralelo à praia onde batem as ondas, deixando uma faixa de mar com águas tranquilas. Acomodamo-nos numa das inúmeras barracas e nos fartamos de comer ostras frescas. Havia poucas pessoas, certamente porque era quinta-feira; se tivéssemos ido mais cedo, dava para ir mais adiante até a praia do Gunga, a 20 km dali.

Voltamos cedo para o hotel e jantamos uma costelinha de porco deliciosa no Kanoa, outro quiosque famoso da cidade.

A sexta-feira começou com uma visita ao Mercado da Produção, no movimentado bairro da Levada. O que mais tem lá é peixes e frutos do mar, mas também tem carnes, produtos agrícolas e castanhas. Eu estava ansiosa para provar o famoso sururu de capote no Bar do Pelado, a poucos metros dali. Na verdade, é um pequeno e simples restaurante que serve o sururu no capote, um mexilhão na concha preparado com caldo de legumes e leite de coco. Estava bom, mas veio tão pouco (acho que era só uma entrada) que dividi uma picanha grelhada com minha sobrinha.

Depois do almoço fomos ao Pontal da Barra para o passeio das Nove Ilhas pela lagoa Mundaú, já agendado com a Mar Azul Turismo. Foi maravilhoso! Além das paisagens lindíssimas, paramos para um banho, vimos muitos caranguejos vermelhos nos mangues, os catadores de ostras trabalhando, e numa das ilhas comemos caranguejo e brincamos com os saguis. Voltamos ao entardecer.

 Na manhã seguinte rumamos para Paripueira a fim de conhecer o litoral norte. O caminho é mais movimentado e chegou a ser um pouco confuso quando entramos nas vilas, mas o Goo Maps nos ajudou. Em Ipioca, resolvemos ficar no Hibiscus, um clube com infraestrutura de alto padrão e sistema day use excelente para passar o dia, mas só até as cinco da tarde quando tudo vai fechando. Aliás, às cinco todas as barracas das praias fora do perímetro urbano encerram os serviços por questão de segurança.

Domingo fomos acordadas com um bolinho de aniversário entregue pelo hotel. O dia começou bem e continuou melhor ainda.

Bem na entrada da praia do Gunga, junto à rodovia, subimos o mirante de onde se vê um imenso coqueiral e a Barra de São Miguel do outro lado da lagoa do Roteiro.

Como estávamos de carro, não fizemos a travessia de barco que, dizem, é linda, mas passeamos de quadriciclo até as falésias. É muita emoção!

Encerramos o dia com um jantar no Imperador dos Camarões. Pra falar a verdade, não gostei da comida deles; eu esperava algo melhor do tal do chiclete de camarões que veio morno, mas o vinho estava delicioso.

Tiramos o último dia em Maceió para conhecer a cidade. Andamos pela orla, visitamos a feirinha de artesanato de Pajuçara, fomos ao porto, e tiramos muitas fotos do pôr do sol. E comemos pizza na Maria Antonieta, em Jatiúca. Tínhamos uma semana de fantásticas lembranças para empacotar até a viagem de volta no dia seguinte.

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