Cada vez mais buscado pelos brasileiros, o Peru é o destino perfeito para quem quer uma viagem surpreendente sem ir tão longe. O país, de rica história e famosa gastronomia, oferece experiências para surpreender todos os tipos de viajantes. Se você ainda não conhece, dá uma olhada nesses lugares incríveis:

Os encantos de Cusco

Foto: Arquivo Pessoal

Cusco, em quéchua Qosqo ou Qusqu, significa “umbigo do mundo”. Localizada no Vale de Huatanay, está cercada por montanhas e repleta de história para contar. Costuma ser o ponto de partida de quem vai para Machu Picchu, mas a real é que Cusco é uma atração à parte. Apesar de ser extremamente turística, a cidade ainda conserva traços da época em que era a capital da sociedade inca, com construções que mesclam elementos indígenas e europeus, ruas de pedras e muito charme. Tudo isso a 3.399 metros acima do nível do mar – não é raro sofrer com a altitude por lá, mas mastigar ou tomar o chá da famosa (e sagrada) folha de coca é uma mão na roda para se acostumar.

Lugares como o Qorikancha (o templo do sol), o Museo de la Coca e o Museo Inka são interessantes para quem quer saber mais sobre os incas.

Fora da cidade, o vale sagrado une sítios arqueológicos com ruínas pré-hispânicas e vistas de tirar o fôlego (literalmente). Aproveite para visitar Pisac, Ollantaytambo, Chinchero, Moray e as Salineras de Maras.

Quem deixa para conhecer Cusco em Junho tem o privilégio de acompanhar as celebrações de Inti Raymi. Mais conhecida como a Festa do Sol, simbolizava o momento da virada do ano inca, quando eles aproveitavam para agradecer o Deus Sol pelas colheitas e fertividade da terra. No dia 24 de Junho as ruas da cidade são tomadas por apresentações de teatro, danças típicas e shows.

A grandiosidade de Machu Picchu 

Foto: Arquivo Pessoal

É difícil ignorar a presença de uma das 7 maravilhas do mundo na hora de planejar uma viagem para o Peru.

Machu Picchu, que em quéchua significa “a velha montanha”, atrai cerca de 2.500 visitantes por dia. Sempre digo que tão lindo quanto o lugar é o caminho, e por isso sempre recomendo chegar pela trilha (prepare-se para desembolsar muchos soles) ou pela versão econômica com van e caminhada (pelos trilhos do trem, cruzando com quem vai de trilha). Para mim são as opções mais emocionantes.

Independente de como você for, recomendo fortemente pernoitar em Águas Calientes e entrar no parque bem cedo. Mais especificamente antes de que os outros 2.500 visitantes (e seus respectivos paus-de-selfie) também cheguem. Fica difícil sentir a tal aura mística da cidade no meio de tanto caos, mas não dá para negar a imponência e a grandiosidade da cidade perdida, principalmente se você optar por subir a montanha de Huayna Picchu. Vá e tire suas próprias conclusões.

Lima

Foto: Cup of Things

Sou do time que acha que a capital peruana tem seus encantos sim.  Gastronomia rica, diversidade cultural e a vista para o mar fazem de Lima um destino interessante para quem gosta de desbravar as capitais sul-americanas.

Você precisa passar por lá para chegar em Cusco, então aproveite para deixar alguns dias para explorar a maior cidade do Peru. A Plaza de Armas, o shopping Larcomar (com uma vista bonitona), o Parque del amor e o Parque de la reserva são alguns dos principais atrativos da cidade.

Quem quiser uma experiência diferente pode conhecer as Islas Palomino ou saltar de parapente às margens do oceano pacífico.

Arequipa e o Cañón del Colca

Foto: Arquivo Pessoal

Arequipa é a segunda maior cidade do Peru e também é conhecida como la ciudad blanca, já que muitas construções foram feitas com silhar, uma pedra vulcânica. Vargas Llosa, astro da literatura peruana, nasceu nas terras de lá, e a Casa Museo Vargas Llosa é uma das maiores atrações, junto com o Monastério de Santa Catalina, todo gigante e colorido.

A maioria dos viajantes que se deslocam até Arequipa vão atrás do Cañón del Colca, um cânion formado pelo Rio Colca. Por lá você vai ver vulcões, condores voando e vistas panorâmicas do cânion mais profundo do mundo. Diversas agências oferecem opções com 1 ou 2 noites, além do bate-volta, que é super corrido mas muito procurado por quem não tem muito tempo na cidade.

Puno e as ilhas do lago Titicaca

Foto: Arquivo Pessoal

No extremo sul do Peru está a cidade de Puno, ponto de partida para quem quer conhecer o lago navegável mais alto do mundo. O Titicaca está na fronteira do Peru com a Bolívia e é, de longe, um dos lugares mais lindos que eu já vi. Uma imensidão azul e uma paz inexplicável. Geralmente os passeios duram 2 dias, visitando as ilhas de Uros, Amantani e Taquile.

O deserto e oásis de Huacachina

 Foto: Tô longe de casa

Fica em Ica e trata-se de uma enorme lagoa em pleno deserto. É lá que a galera costuma fazer passeios de buggy e sandboard para aproveitar o visual incrível.

A reserva nacional de Paracas

Foto: Viaja Peru

Também em Ica, a reserva é uma das maiores áreas protegidas do país, com centenas de espécies de aves, lobos marinhos e golfinhos. É por lá você pode conhecer a famosa Playa Roja e as Islas Ballestas

O parque nacional Huascarán

Foto: Song of the road

Fica em Huaraz e reúne picos nevados, lagoas, cachoeiras e glaciais. Tudo isso no mesmo lugar. É lá que você vai encontrar o Valle de Llanganuco e o Nevado de Pastoruri. Um prato cheio para quem curte trilhas, natureza e aventure (prepare para encarar a altitude mais uma vez, já que a Cordilheira Negra bate 3750m de altura.

A maior cidade de barro do mundo

Foto: Peru.com

Trujillo é considerada a capital cultural do Peru. É a terceira maior cidade do país, e por lá você vai encontrar muitos dos principais sítios arqueológicos, como as ruínas de Chan-Chan. A cidade de barro caracteriza a antiga a capital dos Chimú, hoje é uma patrimônio (em risco) da humanidade e um dos destinos mais curiosos.

Enquanto os Incas cultuavam o Deus Sol, os Chimú adoravam divindidades femininas, como a lua. A cidade que abrigou mais de 100.000 pessoas foi destruída pelos pelos Incas, muito antes da chegada dos espanhóis.

Arte rupestre nos petroglifos de Toro Muerto

Foto: Fodam-se os postais

Descrito por muitos como um tesouro perdido, trata-se de um deserto cercado por plantações de arroz e milhares de pedras vulcânicas conhecidas como tufos vulcânicos. Não se sabe muito bem o significado dos desenhos feitos entre 500 e 1300 anos A.C, mas especula-se que sejam dos Wari, Collagua e dos próprios incas. Dá para chegar lá a partir de Arequipa.

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