“Já viajei o mundo inteiro, e em poucos lugares vi tanta beleza quanto em Paraty”. Frase comum de se escutar de viajantes profissionais, Paraty, no Rio de Janeiro, realmente tem uma natureza privilegiada. Mais do que isso, sua parte histórica, cultural e gastronômica também se destacam. Elementos mais do que suficientes para atrair pessoas do mundo inteiro.

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Quer saber o que fazer em Paraty? Então dá uma lida nas dicas que separamos a seguir.

Muito além da FLIP
A Festa Literária Internacional de Paraty é o maior evento de todos, atraindo dezenas de milhares de pessoas, brasileiros e estrangeiros, anualmente, entre junho e julho. São dias em que a cidade fica com uma atmosfera única, lotada de turistas e atrações em todos os cantos. A cultura também se espalha a cada quarteirão: além dos espaços oficiais do evento, existem bandinhas, espaços de vendas de livros, arte itinerante, enfim, tudo o que se possa imaginar.

Mas é claro que tudo isso tem um preço. Primeiro, um preço literalmente: é na Flip que Paraty está mais cara do que nunca, a famosa lei da oferta e da procura. O outro preço é o de tudo estar lotado e ter filas. Por isso, a Flip deve ser frequentada pelos amantes da literatura, que não veem problemas em encarar esses perrengues.

Mas há muito o que fazer em Paraty em outras datas do ano, com inúmeros festivais além da Flip. O Bourbon Festival Paraty, em maio, traz os ritmos de jazz, blues, r&b, soul. Este ano teve sua oitava edição, atraindo cerca de 150 mil pessoas e consolidando-se como um dos mais importantes festivais de música do Brasil.

Nadar, correr, pedalar. Esse é o espírito do XTerra, em junho, que não tem nada de culinário. São desafios enfrentados por atletas amadores em meio a cenários históricos e belezas naturais de Paraty. Já o Aloha Spirit Festival é só para esportes aquáticos.

Durante o feriado de Corpus Christi, acontece o já tradicional Festival do Camarão, para festejar o fim do período proibido para a pesca do crustáceo. Alguns dos pratos à venda são casadinhos, empanado à paulista, bobó e estrogonofe (tudo de camarão, claro). O festival ocorre na ilha do Araújo. Barcos saem da Praia Grande até lá. Alguns shows e vendas de artesanato também fazer parte da festa.

Em agosto é a vez do Festival da Cachaça, Cultura e Sabores de Paraty, este tradicionalíssimo desde 1982 (caso ouça Festival da Pinga, é o mesmo, apenas o nome mais antigo). O forte são os quiosques de alambiques com todos os tipos de cachaças artesanais para experimentar. Mas o legal mesmo são os passeios oferecidos até os alambiques de fato (em 2016 havia até Jeep para fazer o percurso).

Por último, o diferente e interessante Ymaguaré, conhecido como “festival de mitos e lendas indígenas”. Trata-se de um verdadeiro mergulho na cultura indígena através de manifestações artísticas como músicas, pinturas, esculturas e outros tipos de criação artesanal.

De barco ou escuna pela baía de Paraty
O que fazer em Paraty? Ter uma hora de rei e rainha. Assim você irá se sentir no confortável estofado coberto da parte superior de um barquinho enquanto navega pela baía de Paraty. É impossível parar de olhar para o visual do entorno: ilhas, praias, coqueiros, casarões, mata fechada, peixinhos. Um barquinho pequeno sai por volta de R$ 60 a hora, já o valor da escuna costuma ser maior, mas a vantagem é que pode ir mais gente. Escolha o barco mais bonito ou o de nome mais engraçado (é justo escolher também o valor mais em conta, mas em geral os donos cobram um preço padronizado, a não ser que você seja um bom negociante).

Centro histórico
O centro histórico de Paraty, cidade fundada em 1667, é um dos mais charmosos do Brasil. Tudo lá se mantém praticamente intacto, graças ao tombamento pelo Patrimônio Histórico Nacional, explica o viajante Dennis Carlotti, de São Paulo. “Entre o rio Perequê-Açu e a baía de Paraty, você vai encontrar diversos casarões e igrejas. Visite a Casa da Cultura, o Museu de Arte Sacra de Paraty, e o parque Temático Mini Estrada Real”.

Como a parte central não é muito grande, explore a pé cada canto. Algumas ruas, inclusive, não possuem trânsito de carro. Aquelas vias nas quais os automóveis podem entrar não valem o transtorno. O calçamento de pedras pontudas e distantes uma das outras não é nem um pouco amigo da suspensão do seu veículo.  

É no centro histórico, aliás, que estão as principais novidades em termos gastronômicos. Se o charme das casas e das ruas mantêm um clima de séculos anteriores, os estabelecimentos de Paraty nos últimos anos ganharam um ar hype descolado. São restaurantes, barzinhos, sorveterias, cafés, de preços mais acessíveis até aqueles para ir uma única vez, em um jantar romântico, por exemplo.  

Praias
A viajante Camila Coubelle, de Juiz de Fora, é bem realista quando o quesito sobre o que fazer em Paraty são as praias. “Sendo sincera, eu não gostei muito das praias de Paraty, e achei as de Trindade muito melhores”, diz. De fato, o distrito de Trindade (a cerca de quarenta minutos de carro do centro de Paraty) é conhecido por atrair os viajantes que buscam praias e cachoeiras. São várias por lá, uma mais bonita que a outra, como as praias Brava, do Meio, dos Ranchos, de Fora, do Cepilho, e as cachoeiras da Praia Brava e da Pedra que Engole.

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Cunha
Como escreveu o viajante Mateus Souza, de São Paulo, a estrada Cunha-Paraty reabriu e ela é sensacional. Cunha, em São Paulo, é uma cidade de montanhas com picos maravilhosos, como da Macela, em que é possível ver o mar, inclusive. E para o viajante que vem de São Paulo, vale muito a pena fazer o trajeto por Cunha, na rota reinaugurada. É de uma beleza única e singular. Depois, é só curtir todas as opções do que fazer em Paraty!

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