América Central: por que vale a pena?


  América Central, Panamá, Costa Rica, Nicarágua, Guatemala, Cuba, El Salvador  3150 visualizações

Pelo caminho, paisagens que variam de praias de areia branca e mar turquesa a vastos campos verdes emoldurados por vulcões em plena atividade. Na cozinha, a miscigenação cultural se reflete na mistura de aromas e sabores, numa combinação de especiarias e gostos agridoces instigantes ao paladar. A música mistura ritmos, tem batida e faz os pés quererem dançar. 

Ainda pouco explorada pelos brasileiros - salvo pelos paradisíacos redutos caribenhos - a América Central é um cardápio variado a ser degustado por todo tipo de turista. De mochileiros dispostos a encarar ônibus lotados e quartos compartilhados aos viajantes que não abrem mão de conforto, são muitas as opções de roteiros encontradas pelos 20 países que formam o subcontinente. Muitos deles são ilhas: as antilhas, como é chamada a porção insular da América Central. 

Apesar da colonização haver sido majoritariamente espanhola, outros grupos étnicos conrtibuem para o mosaico cultural da região. Para se ter uma ideia, por exemplo, em uma pequena ilha do Caribe nicaraguense, são falados três idiomas entre os nativos: o espanhol, o inglês creole e o miskito. Este último está presente em outras localidades de Belize e Honduras e tem origem em povos indígenas do mesmo nome. Há, ainda, as 24 etnias de origem maia da Guatemala, cada uma com seu idioma, todos considerados oficiais. Outro caso são os kula yala do Panamá, povo indígena considerado autônomo e guardião das ilhas de San Blas, um dos principais redutos turísticos do país. Também não podemos nos esquecer dos muitos estrangeiros que transitam pela região, seja a passeio ou por moradia.

A Cidade do Panamá, ponto de partida de muitos brasileiros que começam a sua viagem pelo subcontinente, é um exemplo desta babilônia. O Canal do Panamá, desde os primórdios de sua construção, no século 19, aos dias de hoje sempre atraiu profissionais de todo o mundo devido às oportunidades de trabalho que surgiram com suas operações. Aliás, nos últimos anos, a economia acelareda do país tem provocado uma forte onda de imigração entre vizinhos latinos, como colombianos e venezuelanos. Vale lembrar que a moeda em circulação, ali, é o dólar, uma vantagem a mais para quem quer mudar de vida. Aos visitantes, basta andar pelas ruas da cidade para peceber a diversidade que há no país. Alguns lugares, como o Mercado de Mariscos, onde, todos os dias, se encontra peixe fresco para comprar e degustar na hora, e o bairro Chinatown, uma das mais antigas comunidades de chineses da América Latina, revelam as várias nuances da cultura panamenha. 

A minha experiência

O pouco que conhecia sobre a América Central foi suficiente para eleger a região como destino da minha primeira viagem verdadeiramente longa para o exterior. Sabia que os preços seriam mais baratos que na Europa, por exemplo. Sabia que poderia aperfeiçoar o espanhol e o inglês e que não necessitaria de nenhuma burocracia para transitar por lá. Como iria trabalhar em troca de hospedagem, também me chamou a atenção as opções de locais para fazer esse intercâmbio em ilhas remotas, ainda pouco exploradas pelo turismo. 

Acompanhada por uma amiga, viajei até o Panamá, onde ficamos por um mês e meio antes de começarmos a subir rumo a Costa Rica, Nicarágua, El Salvador, Guatemala - Nicarágua outra vez - Cuba e Panamá. Foram seis meses, incontáveis ônibus e caminhões, trabalho e histórias. Cada país foi uma descoberta, um salto no desconhecido e um mergulho profundo nas comunidades que visitamos. 

Existe muito medo quando se fala na América Central, sobretudo pelo terror que as "maras" representam. Sei que os números da violência são realmente alarmantes, mas felizmente não presenciei nada durante a minha estada. Outro dia mesmo, uma turista americana foi encontrada morta em uma praia onde vivi, no Panamá. Ainda não sabem as causas da morte, mas não deixa de ser algo que assusta quem está planejando uma viagem. No entanto, penso sempre na situação de nós, brasileiros, quando falam do país lá fora. E mesmo assim, com todos os casos de violência  que sabemos que há por aqui, continuo incentivando todos meus amigos estrangeiros a virem desbravar o nosso país. Sei que quem vem, leva consigo uma boa lembrança. 

Acredito que a alma do viajante deve ser aberta ao novo, ao desconhecido. Aberta para deixar-se apaixonar. Como eu pela América Central. 

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COMENTÁRIOS:

Sola no Mundo

Sola no Mundo  comentou 7 anos atrás

Incrível Barbara!! Muito bacana meesmo! Parabéns

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